Os Últimos De Nós

O início

Em um mundo pós-apocalíptico onde a terra sofria com a poluição do ar, os humanos não concordavam em como resolver esse problema e acabaram em guerra, essa guerra foi chamada de “guerra dos cogumelos”, e só piorou a situação.

Até que um meteoro caiu no dia exato em que as bombas foram lançadas, e ironicamente esse meteoro foi a salvação da humanidade, ele tinha propriedades de purificar o ar, mas quando entrou em contato com a radiação tornou o ar nocivo apenas para os humanos.

“O meteoro era como o universo disse que salvaria a terra do câncer de pulmão, e esse câncer somos nós, talvez seja o caminho para corrigir nossos erros e salvar a terra, áreas em perigo recuperadas em dias, agora percebo, não éramos os donos do mundo, apenas parasitas, que agora lutam para sobreviver.”

Autor desconhecido.

O vírus

Relatório médico 34

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“O vírus que matou boa parte dos humanos, quanto mais perto do meteoro, mais mutava, podendo ver tentáculos negros em seus olhos, testes financiados pelo que restou do governo, apontam que esse vírus vindo do meteoro acelera o crescimento das plantas, estamos longe de encontrar uma maneira de reverter os efeitos e fazer uma vacina, com nossos cálculos todos já estão infectados, alguns humanos têm mais resistência que outros, e é com isso que estou contando, espero que eu dure o suficiente para ao menos enxergar uma saída..."

“Atualizado, queimando os corpos infectados dos mortos, esta é a única maneira eficaz de retardar a propagação do vírus, e juro que vi um deles se mexer no necrotério, e apenas um chute meu, sei que pode soar louco e soa como fantasia, mas acredito que seja um vírus zumbi causado por uma infecção cerebral causada pelo fungo cordyceps, que pode ser transmitido por clássicas mordidas ou pela inalação de esporos do fungo.

Estimo que em mais algumas semanas ele se desenvolverá a ponto de os mortos surgirem e, como o fungo nos insetos, procurará se propagar.”

Rowan

O encontro

13 de maio de 2073

20 anos depois da infecção, já vi tanta coisa nesta vida, ainda moro nesta cidade, não que eu tenha um lugar melhor para ir ou algo assim, porém me sinto tão preso que escrevo neste diário porque tenho nada melhor para fazer preso em casa, afinal só posso sair de casa quando está chovendo, e é a única forma que encontrei de não ser notado por "eles".

Ainda não acredito na minha realidade, quem diria um planeta pós-apocalíptico com mortos-vivos, nunca fui de assistir filmes desse estilo, mas incrivelmente, os que vi, previam boa parte do que aconteceu, em geral.

Enfim, parece que vai chover amanhã, ah sim! Poderei sair e procurar comida e suprimentos, será uma sorte se aquele rádio que vi dias atrás ainda estiver lá e tiver baterias, o meu quebrou há alguns dias, tive que me livrar dele, fazia muito barulho e chamava muita atenção” deles”.

Se isso ajudar alguém um dia... não estou tentando encontrar uma desculpa para o que faço ou fiz, mas... não os veja como humanos ou assuma que existe uma cura... na verdade existe uma sim, tiro duas vezes na cabeça , queimar o corpo e está pronto, curado.

24 de abril, de 2073

Acho que preciso explicar a enorme lacuna de tempo que deixei de escrever, primeiro: nunca pensei em fazer disso um diário ou um guia do sobrevivente do apocalipse, tenho coisas mais importantes para fazer… E segundo: acabei de voltar escrever por que aquela garota encontrou esse “diário”.

No dia que saí na chuva encontrei aquela menina vagando pelas ruas, pulando de carro em carro, numa área alagada da cidade, aparentemente ela estava morando em um ônibus escolar abandonado em cima da rodovia.

Ela estava com uma mochila rosa nas costas, estava meio aberta cheia de mantimentos e meu rádio, aquele que eu estava de olho, estava com ela, não roubaria de uma menininha, por mais que o mundo muda alguns dos meus princípios eu não vou mudar, mas tem quem não pense como eu, num mundo de homens e monstros você precisa ter muito cuidado e uma arma com balas, a essa altura poucas armas tem munição, mas quem vai arriscar?

Isso é o que aqueles caras devem ter pensado ao tentar roubar a menina, eles usavam máscaras de gás e casacos cinzas, no ombro esquerdo via-se uma faixa preta com um símbolo, o crânio de um rato, eu sabia com quem eu estava me metendo, e mesmo assim fiz o que fiz, com dois tiros certeiros do meu rifle de caça derrubei os dois, 'faça os tiros valerem a pena', é o que eu digo...para mim mesmo.

Ela usava um casaco de piloto, com alguns brasões costurados à mão, que pertencia a seu pai. Depois desse dia estou cuidando dela, ela me disse que se chamava Liza, mas na mochila tem bordado por dentro, Elizabeth.

A garota

Elizabeth

18 de julho, de 2073

Passaram-se mais ou menos três meses desde o dia em que a conheci, uma garota de 16 anos que sobreviveu sozinha, tem a idade da minha filha… Tento não a ver como uma substituta da Sara, já superei, superei 20 anos, ela não é minha filha e eu não sou o seu pai.

Tivemos que mudar de lugar, “eles” estavam ficando mais ativos durante o dia e os “Ratos” estavam cada vez mais perto do nosso esconderijo.

20 de julho, de 2073

Elizabeth foi capturada pelo meu descuido, estou me preparando para resgatá-la, não sei o que pode acontecer daqui, por isso estou registrando pro próximo portador do meu diário, aqui contém registros que eu estive coletando durante meus anos morando nesta cidade, espero que ajude você a sobreviver...

Só me arrependo de uma coisa, de não ter tocado mais pra você, com aquele violão que você me fez lutar pra conseguir, só pra depois me dizer que você não sabe tocar, e passei a noite toda tocando a única melodia que eu conseguia lembrar... eu acredito não fui um bom professor, mas sei que ela aprendeu, mesmo que tenha que ser do jeito mais difícil.

Tenho muito orgulho dela, mesmo que eu não diga, espero que ela saiba, goste ou não, ela é minha filha, e não perdoo quem machucar minha filha... Eu não vou cometer o mesmo erro duas vezes, vou protegê-la a todo custo. Qualquer custo.

Nota para mim mesmo, parece uma carta de despedida, se eu sobreviver, rasgue esta parte do diário.

As: Rowan


Os Ratos

O resgate

21 de julho, de 2073

Vou tentar contar o que aconteceu, depois que fui sequestrada pelos “ratos”, fui levada para a base deles, na cidade, onde fiquei refém, junto com outros reféns.
Eu não sabia por que eles me queriam, ou precisavam de tantas pessoas assim.

Humanos que caçavam outros humanos, e é isso que eles são, então estavam fortemente armados capturando pessoas, pareciam ser apenas soldados que cumpriam suas ordens, que seria, na minha opinião "capturar e transportar humanos".

Os que foram pegos tentando fugir foram brutalmente repreendidos, então fiquei atenta e observando, notei que em poucas horas "Ratos" com roupas de proteção amarelas, vieram levar alguns dos reféns, notei que entre eles, alguns tinham lança-chamas.

Isso explicava o cheiro horrível que vinha da sala para onde aquelas pessoas foram levadas, tudo o que eu sabia era que se eu entrasse lá nunca mais voltaria ou seria vista novamente, nem veria Rowan novamente.

Rowan, você foi o único que não me abandonou, e dessa vez não foi diferente, quando eu menos esperava, pude ouvir tiros vindos de fora, alguns gritos e uma buzina.
E então eu vi a coisa mais incrível de toda a minha vida, vi um caminhão em chamas passar pelo muro, os 'Ratos' correram até o caminhão, e para surpresa deles assim como minha, estava infestado de "eles", zumbis, monstros, chame como quiser, e no meio de toda essa confusão, Rowan conseguiu chegar até mim e me resgatar.

A última coisa que me lembro é de Rowan me dizendo para correr para à floresta, eu estava segurando sua mão em um momento e no outro... não segurava mais, corri sem olhar para trás como ele havia instruído.

Arrependo-me amargamente de não ter parado, de não ter voltado, de nem ter olhado para trás... ele era como um pai para mim... não era nada! ele ainda é! deve estar vivo, e eu acredito nisso, Rowan, prometo que vou procurar por você.

A floresta

O diário de Rowan

Voltando ao ocorrido, eu estava correndo sem parar pela mata, enquanto me afastava de tudo, e quando percebi, estava sozinha no meio da floresta, perdida e sem direção. Continuei vagando até encontrar um carro abandonado no meio do mato, talvez os donos estivessem fazendo uma trilha ecológica?

Dei uma olhada primeiro para ver se era seguro, estava muito cansada, e como o céu parecia que ia cair em cima de mim, fiquei lá dentro, dando tempo de recuperar o fôlego e organizar minhas ideias.
Aproveitei e fiz um inventário do que eu tinha; o casaco do meu pai, minha velha mochila, um cantil de água, um par de binóculos, algumas barras de granola e latas de pêssegos enlatados, uma bússola, um isqueiro, meu estojo, um mapa, algumas folhas dobradas e, de alguma forma, o diário de Rowan, com seu facão.

Ele deve ter colocado dentro da minha mochila em algum momento, depois de comer para recuperar as energias, para passar o tempo e esperar a chuva passar, li o diário dele.

Confesso que, derramei algumas lágrimas manchando algumas páginas com o que li, ninguém nunca sentiu orgulho de mim, nem mesmo meus próprios pais, eu deveria ter falado mais deles, falado e perguntado mais sobre, você, sua filha e esposa, o tempo que passamos juntos passou tão rápido e não nos conhecíamos de verdade, mas você foi mais que um professor, você realmente se importava comigo.

E é aqui que estou agora, registrando os eventos de tudo em seu diário. Passei a noite dentro daquele carro, pensando no que deveria fazer, se voltaria ou não atrás dele, se ele estava vivo ou não, no final decidi que voltaria assim que conseguisse alguma arma, para que eu pudesse resgatar Rowan, se ele estivesse vivo e tivesse sido capturado.

Agora tudo o que posso fazer é esperar o amanhecer, acho que vou dormir aqui mesmo, Rowan, espero que esteja bem, para que eu possa devolver seu diário, conversar e passar algum tempo pai e filha juntos, talvez pedir para me ensina a dirigir? e pedir para você tocar mais violão para mim, e assim como você, vou tirar isso da página do diário, é uma promessa.

Sozinha novamente

Perdida na floresta

22 de julho, de 2073

O problema era encontrar um lugar onde não tivesse sido explorado e saqueado, e meu tempo era curto, tentei me encontrar pelo meu mapa, sabia que estava na floresta, só não sabia o quão fundo era, depois de algumas horas de caminhada, eu já tinha bebido toda a minha água, a lata de pêssego em calda e até aquelas velhas barrinhas de granola além de nutritivas, só serviram para me deixar com mais fome e boca seca.

Quando eu estava pensando em comer os desenhos de comida que estava fazendo no diário, encontrei pequenas frutas silvestres, infelizmente não consegui descobrir se eram comestíveis ou não, quando fui buscá-las, acabei escorregando e rolando morro abaixo, enquanto rolava bati em uma colméia de abelhas, o que não foi tão ruim comparado ao urso zumbi que me perseguiu até cair em um rio, e fui levado pela correnteza daquele rio, felizmente o diário não ficou muito molhado, e o “urmbi” parou de me seguir.

Dicionário da Liz: “urmbi” URso + zuMBI.

Ps: repense o nome, talvez Zurso ou Zumso.

Enfim, voltando ao que aconteceu, depois de nadar para fora do rio, e saciar minha sede, (talvez eu tenha bebido um pouco de água, não me afoguei, só deveria ter parado de gritar na água).

Eu dei uma olhada ao arredor e quem diria, achei o que procurava no mapa, um retiro de férias no meio da floresta, eu explorei com cuidado e, estava totalmente abandonado.

Eu tive que me defender sozinha, tive que me virar pra secar as roupas molhadas e não morrer de hipotermia, fiz um abrigo temporário, fortifiquei do jeito que você me ensinou… E encontrei comida, explorando a procura de suprimentos básicos como. Lanches, chocolates e doces vencidos, roupas secas e marcadores. Acabei encontrando um violão, passei a noite afinando para quando nos reencontrarmos mostrar que toco tão bem quanto você.

Promessas esquecidas?

A queda

1 de agosto, de 2076

Depois de vários eventos, fiquei presa neste lugar por 4 longos anos, totalmente focada em sobreviver e permanecer viva, talvez eu devesse escrever esses 4 anos em meu próprio diário? Talvez se eu tiver tempo.

Tive que... aprender muito, e deixar algumas promessas de lado, não te esqueci, só não consegui sair daqui ... certas promessas que não podemos cumprir, a dificuldade de morar sozinha, Cometi vários erros e aprendendo e melhorando, uma delas eu já mencionei antes essa dificuldade, até fiz um desenho dele, o “Urmbi”, ele me acompanhou até aqui, tivemos várias desavenças, caçadas e perseguições.

Aprendi a caçar com arco e flecha, não podia desperdiçar balas, e era um bom treino de precisão, e eu recuperava minhas flechas, e se quebrasse a ponta era só trocar.

Nesse meio tempo também fiz amigos, que me ajudaram muito, mas tivemos que nos separar depois da “queda”.

Matei aquele urso zumbi sozinha, quando pensei que nada poderia me surpreender depois do “urmbi”, um avião, sim, depois de todo esse tempo um ainda funcionou?

Não era um de apenas dois passageiros, era um comercial, usado para cruzar países, e um desses caiu na floresta a poucos quilômetros da minha base, fui explorar para ver o que acontecia, e infelizmente não havia sobreviventes.

Porém, reconheci um deles, aquele símbolo, era um dos 'ratos'! anos atrás eu tinha esquecido deles, por que caíram não sei, não entendo de aviões, depois de ter certeza que não iria explodir, tive que ir rápido, afinal avião caindo faz muito barulho, fiquei curiosa e movida por um sentimento guardado por muito tempo, recuperei a caixa preta, e me surpreendi do que continha.

Literalmente caiu do céu, a resposta de onde devo ir, o que fazer, aquele avião servia para transportar pessoas capturadas por "Ratos", pelo meu mapa encontrei a localização de uma das bases, sabendo por onde começar a procurar, e com algumas novas armas, eu cumpriria a promessa.

Rowan, estou indo buscar você.

O 3º ninho

Esperança

25 de agosto, de 2076

Depois de sair da mata com o carro quase inteiro, junto com tudo que precisaria, e claro que levando junto o meu azar de sempre, tive que esbarrar em uma daquelas “coisas”, matar foi fácil, o difícil foi fugir dos outros 7, eu recordo vividamente quando um subiu no capô do carro, e liguei aquela coisinha que limpa o para-brisa, modifiquei especificamente para atirar jatos fortes de água, pois eles não andam na chuva, Achei que eles teriam medo de água e, no final, tive certeza.

E não fui só eu que descobri isso, essa base que encontrei estava basicamente alagada, e para manter a água fluindo fizeram uma espécie de cachoeira artificial, genial, pensando bem, construir uma base em hidrelétricas deve ser muito seguro.

Consegui invadir em silêncio, como naqueles filmes que via no cinema, matando e escondendo cadáveres para não ser detectada, antes de entrar fiquei um bom tempo vigiando, não estava bem guardado, e havia poucos “Ratos ”, consegui encontrar o centro de operações, ouvindo conversas e roubando algumas coisas, descobri muitas coisas, uma delas era onde eu estava, se chamava “O 3º ninho”, e era uma espécie de posto de controle e comunicações.

E não era lá que eles mantinham os prisioneiros, consegui descobrir onde estavam os outros ninhos próximos, e entre algumas conversas estranhas e interessantes, eles mencionaram, juro que mencionaram o que aconteceu há 4 anos, quando "O 6º ninho" foi invadida por um único homem, Rowan.

Porém, fui descoberta, interrompendo-os para terminarem de falar, que azar mesmo, tive que fugir rapidamente, e de uma forma ou de outra acabei explodindo e destruindo uma importante antena, e inundou ainda mais o local, ao que parece Vou ser procurada e caçada pelos "ratos", estou me envolvendo em algo, terei que lidar com isso enquanto procuro por Rowan.

Mas vou ter que ficar um tempo escondida, não posso sair invadindo assim, e foi assim que tive tempo de escrever aqui, vou ter que parar, mas volto quando as coisas estiverem menos agitadas e as páginas do diário ainda estão acabando, vou precisar no fim, fazer um diário 2.


Continua no diário 2.

Desenvolvedor e Criador

Oi!

Obrigado por chegar ate aqui e ler a minha história, eu a criei pegando inspirações em várias historias do mesmo gênero, vale ressaltar" The Last of us”, o qual me inspirei mais.

A história tem continuar, porem, preciso saber se ela esta boa, e se querem a continuação, e pra isso me sigam no Instagram e no Github, me mandando mensagens pedindo para continuar.

Eu também programei esse site, aprendendo no curso que estou fazendo na IOS, e a estrutura do cite aprendi assistindo aqui.